quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Poríferos - Reprodução e Embriologia

Reprodução Assexuada


As esponjas apresentam grande capacidade de regeneração: um simples pedaço do animal pode regenerar uma esponja completa. Essa capacidade deve-se aos amebócitos, células totipotentes capazes de multiplicar-se e de originar todos os tipos de célula, reconstituindo as partes perdidas.




A maioria das esponjas apresenta reprodução assexuada por brotamento. Esse processo consiste na formação de expansões do corpo, os “brotos”, que crescem e mais tarde se separam do organismo genitor, passando a constituir novos indivíduos. Em muitas espécies, ocorre brotamento sem a posterior separação dos brotos, formando-se, colônias.



Colônia de esponjas


Certas esponjas de água doce, quando as condições ambientais tornam-se adversas, formam estruturas resistentes, as gêmulas. Estas têm parede espessa, com espículas, e em seu interior há um conjunto de amebócitos cuja atividade metabólica encontra-se reduzida, o que permite suportar longos períodos em estado de repouso. Quando as condições tornam-se favoráveis, os amebócitos retornam à atividade e saem por um pequeno poro na parede da gêmula, multiplicam-se e diferenciam-se, originando uma nova esponja.




Reprodução Sexuada


                  As esponjas apresentam também a reprodução sexuada. A maioria da espécies é monóica, ou hermafrodita, ou seja, o mesmo indivíduo (ou colônia) forma gametas de ambos os sexos. Há também espécies dióicas, com indivíduos produtores de óvulos (fêmeas) e indivíduos produtores de espermatozóides (machos). É importante verificar que, apesar de a maioria das esponjas ser hermafrodita, dificilmente ocorre a autofecundação, porque a época de produção de espermatozóides e óvulos é diferente em um mesmo indivíduo.

            Em certas espécies, tanto os óvulos quanto os espermatozóides formam-se a partir de amebócitos. Em transformação de coanócitos, enquanto os óvulos desenvolvem-se a partir de amebócitos. Os espermatozóides são liberados na água, enquanto os óvulos, na maioria dos casos, permanecem no meso-hilo da esponja que os formou.Na maioria dos poríferos, espermatozóides que entram no corpo da esponja-fêmea fundem-se a coanócitos, que se transformam em amebócitos e se deslocam pelo meso-hilo até o óvulo. Um amebócito transfere ao óvulo o núcleo do espermatozóide, fecundando-o. Na maioria das esponjas, portanto, ocorre fecundação interna.

            O desenvolvimento do zigoto ocorre no meso-hilo e origina a blástula. Esta desenvolve células flageladas e liberta-se da esponja mãe, nadando para fora através do ósculo. Em muitas espécies, a blástula flagelada logo se fixa a um objeto submerso e origina diretamente uma nova esponja semelhante à original. Fala-se, nesse caso, em desenvolvimento direto, porque a blástula desenvolve-se diretamente em um organismo jovem bastante semelhante aos adultos. Algumas espécies de esponja apresentam desenvolvimento indireto, isto é, a blástula origina um organismo bastante diferente da forma adulta, genericamente chamada de larva; esta, em algumas espécies, é a anfiblástula e, em outras, a parenquímula.



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