quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Poríferos - Morfologia e Nutrição

Quanto à estrutura corporal, as esponjas podem ser de três tipos básicos: asconóides, siconóides e leuconóides.
           

Esponjas Asconóides (Áscon)


As esponjas asconóides são as mais simples, em geral, elas têm forma de um vaso de parede fina, sendo a extremidade aberta chamada de ósculo. Os canais dos porócitos que perfuram a parede atingem diretamente a espongiocela, que é completamente revestida por coanócitos. A movimentação dos flagelos dos coanócitos força a expulsão da água pelo ósculo, o que estabelece o fluxo líquido através da parede do corpo do animal. O caminho percorrido pela água nesse tipo de esponja é: meio externo → poros → espongiocela → ósculo → meio externo. 



Esponja Siconóides (Sícon)


As esponjas siconóides têm corpo tubular, com o ósculo em uma das extremidades, mas são geralmente maiores que as asconóides, apresentando parede mais espessa. Nesse tipo de esponja, a parede apresentam fendas que levam a canais aferentes, nas paredes dos quais se localizam os porócitos. Estes se comunicam com os canais radiais revestidos por coanócitos. A movimentação dos flagelos dos coanócitos dos canais radiais força a água passar para a espongiocela, que é relativamente menor que a das esponjas asconóides e não apresenta revestimento de coanócitos. Nessas esponjas, portanto o caminho da água é: meio externo → canais aferentes → poros → canais radiais → espongiocela → meio externo.



Esponjas Leuconóides (Lêucon)


As esponjas maiores e mais complexas apresentam organização corporal leuconóide. Elas consistem de uma parede muito espessa, em que há aberturas que levam a canais aferentes, os quais desembocam em câmaras revestidas de coanócitos, as câmaras vibráteis. Estas, por sua vez, comunica-se por canais eferentes com a espongiocela, que, nesse caso se resume a um canal estreito e sem coanócitos. A espongiocela comunica-se com o meio externo através do ósculo. A movimentação da água pelos coanócitos das câmaras vibráteis faz a água circular no corpo da esponja, sempre entrando pelos poros da parede e saindo pelo ósculo. Nas esponjas leuconóides, portanto, o caminho da água é: meio externo → canais aferentes → câmaras vibráteis → canais eferentes → espongiocela → ósculo → meio externo. 





                                                                                                                                       



NUTRIÇÃO

A água que percorre a esponja é muito importante, pois ela traz alimento e oxigênio, além de eliminar os elementos do catabolismo. Os alimentos constituem-se de plâncton e de partículas orgânicas. Os coanócitos são responsáveis pela captura dos alimentos. 

As partículas alimentares são atraídas pela vibração do flagelo, e passam pela fagocitose na base do colarinho, constituindo em torno delas um vacúolo digestivo. Nem sempre os coanócitos realizam a digestão, em alguns casos, o alimento que foi capturado por eles é transferido para um amebócito que se responsabiliza pela digestão. Toda substância excretada ou ejetada pela esponja é levada para o fluxo de água e eliminada para o meio externo. Por isso são conhecidas como animais filtradores.


Esquema da alimentação de um porífero
  






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